14/07/2022

Não erre na iluminação artificial ou natural da sua casa

Arquiteta especialista em iluminação, Nicole Gomes, indica os cinco erros mais comuns na iluminação de um ambiente, seja por iluminação natural ou artificial.

A iluminação, seja natural ou artificial, é aquele elemento que faz toda a diferença não só em um projeto de arquitetura e interiores, mas também no cotidiano de escritórios e indústrias, impactando diretamente no bem-estar e produtividade dos usuários. Nos últimos dois anos de pandemia, por exemplo, muitos se sentiram desconfortáveis com a iluminação durante o home-office, ora por não estar adaptada a rotina de trabalho, ora pela falta da luz natural ou artificial adequada. Independente do uso, um ambiente aconchegante exige um projeto luminotécnico adequado. Confira os erros mais comuns de iluminação que podem acabar com o conforto do ambiente:

1- Coberturas de vidros ou grandes janelas com vidros transparentes em local sem sombreamento
A utilização de coberturas de vidros ou grandes janelas transparentes merecem atenção especial. Embora sirvam bem para integrar ambientes internos e externos, devem ser projetadas de forma a evitar excesso de luz, radiação solar direta e ofuscação.
Existem diversos recursos para se evitar o excesso de luz na iluminação natural ou artificial, começando pela escolha do local, com verificação prévia do sombreamento através de árvores ou edifícios e casas da vizinhança.
Se o entorno não contribuir é possível a utilização de vidros refletivos de controle solar que podem promover sombreamento do ambiente interno. Ou ainda a utilização de vidros coloridos, brises, rolos, persianas e cortinas.

2- Misturar lâmpada branca e amarela em um mesmo ambiente
Além de comprometer a estética, cada tom de lâmpada é indicado para diferentes atividades. Por exemplo, a luz amarela sobre uma mesa de escritório tem pouca utilidade, visto que a temperatura de cor está atrelada a sensação do ambiente, não a luminosidade ou ao índice de reprodução de cor. O ideal é atribuir a cor ao uso do ambiente, por exemplo, a luz quente deixa o clima aconchegante e confortável, e a fria, mais impessoal, ou seja, misturar as duas tonalidades não vai ajudar a trazer a sensação desejada.
A dica é escolher uma e iluminar todo o ambiente, criando uma integração sensorial e unificando o espaço. Fique atento as normas da ABNT e escolha o tom certo, que valorize e seja ideal para aquele determinado espaço.

3- Utilizar ambiente dotado de vidro de controle solar à noite sem cortinas, persianas ou rolos.
Vidros de controle solar que possuem alto índice de refletividade são capazes de promover ótimo índice de privacidade durante o dia. Porém, à noite o efeito se inverte e são as pessoas do lado de foram que passam a enxergar tudo o que acontece dentro do ambiente sem serem vistas.

4- Utilizar lâmpadas de foco em locais de permanência, tais como sofás, cadeiras, camas etc.
Colocar lâmpadas de foco acima de sofás, cama, cadeiras e poltronas ofusca e incomoda quem está no local, dificultando o relaxamento.

5- Desprezar o potencial da iluminação translúcida
Uma das iluminações mais benéficas para o ser humano e de maior potencial decorativo é a natural que passa por vidros translúcidos, tais como o acidato, o laminado opaco ou o jateado. A luz translúcida ilumina todo o ambiente interno por igual e não provoca ofuscações. É muito recomendada em ambientes de trabalho, obtendo maiores índices de produtividade nesses ambientes.

6- Usar lâmpadas coloridas em jardins e piscinas
Existe um estereótipo que envolve luzes coloridas, especialmente quando se fala de áreas externas. Segundo Nicole, isso precisa ser desmistificado. Luzes coloridas comprometem não só a estética do projeto de paisagismo, como também influencia na cor da vegetação e distorce a cor natural das superfícies e objetos, “tingindo” tudo ao redor com uma tonalidade única.
A dica é usar luz quente para realçar cores e deixar o espaço mais aconchegante. Com esse tipo de luz artificial é possível destacar todas as nuances e cores presentes nas vegetações.
Essa dica é válida também para piscinas. A luz azul ou colorida, distorce a cor real do revestimento utilizado e mancha o entorno.

7- Usar placas de LED em ambientes sociais e íntimos
A Placa de LED emite luz geral para o ambiente e não se pode dizer que é errado usá-la, porém, o uso pode ser melhor aproveitado em ambientes que necessitam de destaque ou luz confortável. Além de tornar o espaço monótono, não oferece uma iluminação agradável.

8- Usar iluminação somente no teto
Quem disse que iluminação só pode vir do teto? Fazendo isso, o projeto se torna menos interessante. O ideal é explorar as alternativas viáveis. Emane o efeito de luz geral a partir de um móvel ou, quem sabe, o efeito de foco através de uma arandela ou abertura lateral com vidros fixos. As possibilidades aumentam quando você pensa primeiro em como quer iluminar, ao invés de ir direto para a escolha da luminária.

9- Utilizar luzes indiretas
As luzes indiretas, principalmente no living, são sempre bem-vindas e conferem conforto ao ambiente. O ideal ‘e mesclar a iluminação técnica com luminárias como arandelas, de piso e abajures.
Independentemente de como pensar nas dicas acima, é na necessidade do cliente e no projeto na totalidade que a inovação mora. Os arquitetos e especialistas em iluminação pensam na marcenaria, móveis e todos os detalhes da casa, mas quando chega na parte da iluminação, optam na solução mais simples. Segundo Nicole: “isso é algo que precisamos mudar o mais rápido possível, pois um ambiente bem iluminado não é luxo, mas qualidade de vida.”

Sobre Nicole Gomes
Os canais que integram o seu perfil, como Youtube, Instagram, Pinterest e Facebook, contam um pouco sobre sua experiência de mais de 12 anos de carreira em arquitetura e light design. Além de dicas, a profissional ensina a como elaborar projetos luminotécnicos de forma dinâmica. Nicole é colunista da Casa e Jardim e ministra workshop pelo Brasil falando sobre iluminação e os conceitos que cercam esse universo. Já assinou mais de 1.200 projetos em parceria com arquitetos renomados.

Leia também: Conheça as opções em vidros da Termari

Sobre a Termari Vidros
Completando 25 anos neste ano de 2021 a Termari é tida como referência na produção de vidros laminados no Espírito Santo. Além disso, produz vidros temperados de qualidade reconhecida, além de oferecer mais de uma dezena de tipos diferentes de vidros, incluindo:

Vidros de proteção solar (refletivos ou neutros);
Vidros temperados de laminados;
Vidros pintados;
Vidros craquelados;
Vidros multilaminados;
Espelhos.

A filosofia de trabalho da Termari está firmada em três objetivos:
• Compromisso de entrega;
• Produtos para projetos de todos os tamanhos;
• Trabalho continuo de consultoria junto seus clientes.

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