Pesquisa da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), divulgada neste mês de maio (2022), aponta valorização de 17% nos imóveis nos últimos 12 meses, mantendo-se acima da inflação, continuando como ótima opção para investimentos

É antiga a sabedoria popular que afirma que “Quem compra terra, não erra”. Apesar de não ser recente, essa afirmação não deixou de ser verdadeira ao longo dos anos e, inclusive, passou a ser válida para imóveis em geral. Uma pesquisa da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), divulgada em maio de 2022, fez um balanço do mercado da construção civil nos últimos 12 meses. O levantamento aponta bom desempenho do setor, mesmo na crise ocasionada pela pandemia. João Ximenes Fiuza, diretor comercial e de novos negócios do Grupo Diagonal, destaca que os números trazem confiança para o mercado. E incentivam novos investimentos na construção civil

Costuma-se dizer que a construção civil é a locomotiva do país, pois diversos setores são movidos por ela. Essa é a situação do ramo do vidro, que tem nas construções e reformas de casas, edifícios e estabelecimentos comerciais em geral sua principal porção.

“Diferente de anos atrás, hoje, a compra de um imóvel é vista não só como necessidade, mas como investimento, principalmente frente às constantes valorizações. Como os números nos mostram, as pessoas estão, finalmente, entendendo isso e depositando confiança no setor”, afirma. O bom desempenho foi estimulado pela adaptação das pessoas às novas realidades impostas pela pandemia. E, segundo a pesquisa, continuam mesmo após o recuo no número de casos e mortes.

No período de um ano a pesquisa mostrou que o Índice Geral do Mercado Imobiliário (IGMI-R/ABECIP) teve uma valorização de 17,63% nos preços, contra uma alta de 11,30% no IPCA do país, índice que mede a inflação. Ou seja, o retorno financeiro para quem investiu em imóveis ficou em 6% acima da inflação oficial.

Um dos fatores que ajudam a entender o momento é o Produto Interno Bruto (PIB), que cresceu 4,6% no Brasil em 2021, aumento destaque desde 2010. Desse número, o PIB da construção civil aumentou 9,7%, também o melhor desempenho para o setor desde 2010 – em comparação com 2020, esse PIB teve aumento de 16%.

“Para as construtoras, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 14,2%, impulsionado pelo aumento do preço das matérias-primas usadas nos empreendimentos. Mesmo com o aumento das taxas, as pessoas estão comprando mais e as construtoras construindo mais. Esses aumentos beneficiaram os índices IGMI-R e FipeZap, medidores da valorização do imóvel. Isso é tanto a causa quanto o efeito do setor imobiliário ser um dos que mais valorizam hoje”, comenta João Ximenes Fiuza.

A compra de um imóvel, hoje, é um dos investimentos mais seguros que podem ser feitos, como finaliza o diretor do Grupo Diagonal. “O mercado imobiliário pouco sofre com crises financeiras, praticamente não sofre variações. A moradia é um recurso básico, então também sempre vai ter demanda de alugue.l Além disso, nos últimos 10 anos, a Abrainc apontou que a rentabilidade anual de um imóvel foi de 15%, contra 9% de aplicações de renda fixa”, conclui João Ximenes Fiuza.

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